quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

A VERDADE SOBRE O NATAL

1. A Origem da Festa do Natal

A festa do Natal teve sua origem na Igreja Católica Romana e desta se estendeu ao protestantismo e ao resto do mundo.

O Natal se introduziu na Igreja durante o século IV proveniente do paganismo.

Sendo que a celebração do Natal foi introduzida no mundo pela Igreja Católica e não tem outra autoridade senão ela mesma, vejamos o que diz a respeito a Enciclopédia Católica (edição de 1911): "A festa do Natal não estava incluída entre as primeiras festividades da Igreja... os primeiros indícios dela são provenientes do Egito... os costumes pagãos relacionados ao inicio do ano se concentram na festa do Natal".

Orígenes, um dos chamados pais da Igreja, reconheceu a seguinte verdade: “... não vemos nas Escrituras alguém que haja celebrado uma festa ou um grande banquete no dia do seu natalício. Somente os pecadores (como Faraó e Herodes) celebraram com grande regozijo o dia em que nasceram nesse mundo".

A Enciclopédia Britânica (edição de 1946) diz: "O Natal não constava entre as antigas festividades da Igreja... Não foi instituída por Jesus Cristo nem pelos apóstolos, nem pela autoridade bíblica. Foi tomada mais tarde do paganismo".

A Enciclopédia Americana (edição de 1944) diz: "O Natal de acordo com muitas autoridades, não se celebrou nos primeiros séculos da Igreja Cristã. O costume do cristianismo não era celebrar o nascimento de Jesus Cristo , mas sua morte. (A comunhão instituída por Jesus no Novo Testamento é uma comemoração da Sua morte). Em memória do nascimento de Cristo se instituiu uma festa no século IV. No século V, a Igreja Oriental deu ordem de que fosse celebrada para sempre, e no mesmo dia da antiga festividade romana em honra ao nascimento do deus Sol , já que não se conhecia a data exata do nascimento de Cristo".

Tomemos nota deste fato importante. Estas autoridades históricas demonstram que durante os três primeiros séculos da nossa era, os cristãos não celebraram o Natal. Esta festa foi introduzida na Igreja Romana no século IV e, somente no século V, estabelecida oficialmente como festa cristã.

2. Como Esta Festa se introduziu na Igreja

A Nova Enciclopédia de Conhecimento Religioso de Schaff-Herzog explica claramente em seu artigo sobre o Natal:

"As festividades pagãs das Saturnálias (17 a 24 de dezembro) eram sucedidas pela Brumália (25 de dezembro) e estavam demasiadamente arraigadas aos costumes populares para serem suprimidas pela influência cristã. Essas festas agradavam tanto que a igreja romana viu com simpatia uma desculpa para continuar celebrando-as sem maiores mudanças no espírito e na forma de sua observância".

3. A Verdadeira Origem do Natal

O natal é uma das principais tradições do sistema corrupto chamado Babilônia e, como tal, tem suas raízes na antiga Babilônia de Ninrode! Sim, data da época imediatamente posterior ao dilúvio!

Ninrode, neto de Cão, filho de Noé, foi o verdadeiro fundador do sistema babilônico, do sistema econômico do lucro, o qual tem se apoderado do mundo desde então. Ninrode construiu a torre de Babel, a Babilônia original, Nínive e muitas outras cidades. Organizou o primeiro reino deste mundo. O nome Ninrode deriva da palavra "marad", que significa "rebelar". Escritos antigos registram que foi este homem que começou a grande apostasia mundial organizada que tem dominado a humanidade desde tempos antigos até agora.

Ninrode era tão perverso que se casou com sua própria mãe cujo nome era Semírames. Morto prematuramente, sua mãe-esposa, chamada Semírames, propagou a perversa doutrina da reencarnação de Ninrode em seu filho Tamuz. Ela declarou que em cada aniversário de seu nascimento, Ninrode desejaria presentes em uma árvore. A data de seu nascimento era 25 de dezembro. Semírames se converteu na "rainha dos céus" e Ninrode, sob diversos nomes, se tornou o "divino filho do céu".

Depois de várias gerações desta adoração idólatra, Ninrode também se tornou em falso messias, filho de Baal, o deus-sol. Neste falso sistema babilônico, a "mãe e o filho" se converteram nos principais objetos de adoração. Esta veneração da "mãe e do filho" se estendeu por todo o mundo, com variados nomes nas diferentes línguas e nações.

Nos séculos IV e V os pagãos do mundo romano se "converteram" em massa ao "cristianismo" trazendo consigo suas antigas crenças e costumes pagãos e dissimulando-os sob nomes cristãos. Foi quando se popularizou a idéia da "mãe e do filho", especificamente na época do Natal. Os cartões de Natal, as decorações e as cenas do presépio refletem este mesmo tema.

Quem foi criado nesse sistema babilônico tem aceitado essas coisas durante toda a vida e tem aprendido a venerá-las como algo sagrado. Não duvida. Jamais se detém para verificar se estes costumes tem sua origem na Bíblia ou na idolatria pagã.

Assombramo-nos ao conhecer a verdade e, infelizmente, há aqueles que se ofendem ao ouvir a verdade. Porém, Deus ordena a seus ministros fiéis: "Clama em voz alta, não te detenhas, levanta a tua voz como a trombeta e anuncia ao meu povo a sua transgressão" (Isaías 58:1).

A verdadeira origem do Natal está na babilônia. Está envolvida na apostasia organizada que tem mantido o mundo no engano há muitos séculos! No Egito sempre se cria que o filho de Ísis (nome egípcio da "rainha do céu") havia nascido no dia 25 de dezembro. Os pagãos em todo o mundo conhecido celebram esta data antes do nascimento de Cristo.

Jesus, o verdadeiro Messias, não nasceu em 25 de dezembro. Os apóstolos e a Igreja primitiva jamais celebraram o nascimento de Cristo nesta data e em nenhuma outra. Não existe na Bíblia ordem ou instrução alguma para fazê-lo. Porém, existe sim, a ordem de observarmos a Sua morte: I Co. 11:24-26: “E, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim. Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha”.

4. Estamos na Babilônia Sem Sabermos

O Natal é uma festa comercial sustentada pelas corporações e agências publicitárias. O anúncios marketing nos mantém iludidos sobre o "espírito de Natal". A mídia em geral exalta a festividade pagã e seu "espírito". As pessoas crédulas estão tão convencidas, que muitas se ofendem ao conhecer a verdade.

O "espírito natalino" é renovado a cada ano, não para honrar a Cristo, mas para vender mercadorias! Como todos os enganos de Satanás, o Natal também se apresenta como "anjo de luz", algo aparentemente bom.

O Brasil se denomina uma Nação cristã, porém, sem sabermos, estamos realmente na Babilônia, tal como predisse a Bíblia. Apocalipse 18:4 nos adverte: "Sai dela povo meu para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas”.

5. Jesus Não Nasceu em 25 de Dezembro

Quando Jesus nasceu "havia pastores no campo que velavam e guardavam seus rebanhos durante a vigília da noite" (Lucas 2:8). Isto jamais poderia acontecer na Judéia no mês de dezembro. Os pastores tiravam seus rebanhos dos campos em meados de outubro e os guardavam para os proteger do inverno que se aproximava, tempo frio e de muitas chuvas.

A Bíblia prova em Lamentações 2:1 “Como cobriu o Senhor de nuvens na sua ira a filha de Sião! Derrubou do céu à terra a glória de Israel, e não se lembrou do escabelo de seus pés, no dia da sua ira” e em Esdras 10:9,13 “Então todos os homens de Judá e Benjamim em três dias se ajuntaram em Jerusalém; era o nono mês, aos vinte dias do mês; e todo o povo se assentou na praça da casa de Deus, tremendo por este negócio e por causa das grandes chuvas... Porém o povo é muito, e também é tempo de grandes chuvas, e não se pode estar aqui fora; nem é obra de um dia nem de dois, porque somos muitos os que transgredimos neste negócio.”, que o inverno era época de chuvas, o que tornava impossível a permanência dos pastores com seus rebanhos a noite no campo".

"Era um antigo costume dos judeus daqueles tempos levar seus rebanhos aos campos e desertos nas proximidades da Páscoa (em princípios da primavera) e trazê-los de volta para casa ao começarem as primeiras chuvas". (Adam Clark Commentary , vol. 5, pág 370).

É também pouco provável que um recenseamento fosse convocado para época de frio e chuvas: Lucas 2:1 “E aconteceu naqueles dias que saiu um decreto da parte de César Augusto, para que todo o mundo se alistasse”.

Qualquer enciclopédia ou outra autoridade pode confirmar o fato de que Cristo não nasceu em 25 de dezembro. A enciclopédia católica o disse claramente. A data exata do nascimento de Jesus Cristo é desconhecida. Isto é reconhecido por todas as autoridades. Se fosse a vontade de Deus que guardássemos e celebrássemos o nascimento de Jesus Cristo, Ele não haveria ocultado esta data.

6. A Biblia Mostra Quando Jesus Nasceu?

Sim, podemos através de alguns detalhes bíblicos, situar cronologicamente o nascimento de Jesus e verificar que o seu nascimento foi o cumprimento de uma das mais importantes festas do Velho Testamento - a Festa dos Tabernáculos.

Jesus Cristo nasceu na festa dos Tabernáculos, que acontecia a cada ano, no final do 7º mês (Tisri/Etanin) do calendário judaico, que corresponde ao mês de setembro/outubro do nosso calendário. A festa dos Tabernáculos ou das tendas, significava Deus habitando com seu povo. Foi instituída por Deus como memorial para que o povo de Israel se lembrasse dos dias de peregrinação pelo deserto em que o Senhor habitou num Tabernáculo no meio do seu povo.

Lv 23:39-44. “Porém aos quinze dias do mês sétimo, quando tiverdes recolhido do fruto da terra, celebrareis a festa do SENHOR por sete dias; no primeiro dia haverá descanso, e no oitavo dia haverá descanso. E no primeiro dia tomareis para vós ramos de formosas árvores, ramos de palmeiras, ramos de árvores frondosas, e salgueiros de ribeiras; e vos alegrareis perante o SENHOR vosso Deus por sete dias. E celebrareis esta festa ao SENHOR por sete dias cada ano; estatuto perpétuo é pelas vossas gerações; no mês sétimo a celebrareis. Sete dias habitareis em tendas; todos os naturais em Israel habitarão em tendas; Para que saibam as vossas gerações que eu fiz habitar os filhos de Israel em tendas, quando os tirei da terra do Egito. Eu sou o SENHOR vosso Deus. Assim pronunciou Moisés as solenidades do SENHOR aos filhos de Israel”.

Ne. 8:13-18 “E no dia seguinte ajuntaram-se os chefes dos pais de todo o povo, os sacerdotes e os levitas, a Esdras, o escriba; e isto para atentarem nas palavras da lei. E acharam escrito na lei que o SENHOR ordenara, pelo ministério de Moisés, que os filhos de Israel habitassem em cabanas, na solenidade da festa, no sétimo mês. Assim publicaram, e fizeram passar pregão por todas as suas cidades, e em Jerusalém, dizendo: Saí ao monte, e trazei ramos de oliveiras, e ramos de zambujeiros, e ramos de murtas, e ramos de palmeiras, e ramos de árvores espessas, para fazer cabanas, como está escrito. Saiu, pois, o povo, e os trouxeram, e fizeram para si cabanas, cada um no seu terraço, nos seus pátios, e nos átrios da casa de Deus, na praça da porta das águas, e na praça da porta de Efraim. E toda a congregação dos que voltaram do cativeiro fizeram cabanas, e habitaram nas cabanas, porque nunca fizeram assim os filhos de Israel, desde os dias de Josué, filho de Num, até àquele dia; e houve mui grande alegria. E, de dia em dia, Esdras leu no livro da lei de Deus, desde o primeiro dia até ao derradeiro; e celebraram a solenidade da festa sete dias, e no oitavo dia, houve uma assembléia solene, segundo o rito”.

Em João 1:14 lemos que "Cristo ... habitou entre nós". Esta palavra em grego é skenoo ou tabernaculou; isto é, a festa dos tabernáculos cumprindo-se em Jesus Cristo, o Emanuel (Is 7:14 “Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel”) que significa Deus conosco. Em Cristo não se cumpriu somente a festa dos Tabernáculos, mas também a festa da Páscoa, na Sua morte (Mt 26:2 “Bem sabeis que daqui a dois dias é a páscoa; e o Filho do homem será entregue para ser crucificado”). (I Co 5:7 “Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós”) e a festa do Pentecostes, quando enviou o Espírito Santo sobre a Igreja (Atos 2:1 “E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos concordemente no mesmo lugar”).

Vejamos nas Escrituras alguns detalhes que nos ajudarão situar cronologicamente o nascimento de Jesus:

- Os levitas eram divididos em 24 turnos e cada turno ministrava por 15 dias. (I Cr 24:1-19 - 24 turnos X 15 dias = 360 dia ou 1 ano).

- O oitavo turno pertencia a Abias (I Cr 24:10 “A sétima a Hacoz, a oitava a Abias”).

- O primeiro turno iniciava-se com o primeiro mês do ano judaico (mês de Nisã ou Abibe - Ex12:1-2; Dt. 16:1; Ex. 13:4)
Comecemos por Zacarias, pai de João Batista. Ele era sacerdote e ministrava no templo durante o turno de Abias (Lucas 1:5,8,9 “Existiu, no tempo de Herodes, rei da Judéia, um sacerdote chamado Zacarias, da ordem de Abias, e cuja mulher era das filhas de Arão; e o seu nome era Isabel... E aconteceu que, exercendo ele o sacerdócio diante de Deus, na ordem da sua turma, segundo o costume sacerdotal, coube-lhe em sorte entrar no templo do Senhor para oferecer o incenso”).

Terminado o seu turno voltou para casa e, conforme a promessa que Deus lhe fez, sua esposa Isabel, que era estéril, concebeu João Batista (Lucas 1:23-24 “E sucedeu que, terminados os dias de seu ministério, voltou para sua casa. E, depois daqueles dias, Isabel, sua mulher, concebeu, e por cinco meses se ocultou, dizendo”). Portanto João Batista foi gerado no fim do mês Tamuz ou início do mês Abe. Agora um dado muito importante: Jesus foi concebido seis meses depois.

(Lucas 1:24-38 “E, depois daqueles dias, Isabel, sua mulher, concebeu, e por cinco meses se ocultou, dizendo: Assim me fez o Senhor, nos dias em que atentou em mim, para destruir o meu opróbrio entre os homens. E, no sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, A uma virgem desposada com um homem, cujo nome era José, da casa de Davi; e o nome da virgem era Maria...”).

Portanto, Jesus foi concebido no fim de Tebete ou início de Sebate.

Vistos esses detalhes nas Escrituras, chegamos a conclusão que João Batista foi gerado no fim de junho ou inicio de julho, quando Zacarias voltou para casa após seu serviço no templo. Jesus foi concebido seis meses depois, no fim de dezembro ou início de janeiro. Nove meses depois, no final do sétimo mês (Tisri/Etanin), setembro no nosso calendário, quando os judeus comemoravam a festa dos Tabernáculos, Deus veio habitar com Seu povo. Nasceu Jesus! Deus tabernaculou com seu povo. Nasceu o Emanuel. Deus habitando conosco.

Diante de tudo isso, temos claro da parte de Deus e da própria história secular a origem do natal e de seus objetos (árvore de natal, guirlanda, presentes, presépio, Papai Noel etc.).

A Igreja, nestes dias de restauração, tem que renunciar a essa cultura que nos foi imposta e pregar que Jesus não está indefeso numa manjedoura, mas que nasceu, cumpriu todo o propósito de Deus, morreu, ressuscitou e hoje reina sobre e através da Igreja pelo poder do Espírito Santo, que está em nós que O confessamos e O temos como Senhor de nossas vidas.


OS SIMBOLOS DO RITUAL PAGÃO

7. Árvores São Altares Pagãos

No ocultismo ou nas religiões orientais, os espíritos dos antepassados são invocados por meio de uma árvore. A árvore de Natal é um ponto de contato que esses ‘deuses’ gostam. Todo feiticeiro sabe disso, menos a igreja. Quem tem uma árvore de Natal está legalizando a entrada de guias, orixás e caboclos. Os ocultistas crêem que as pessoas são energizadas através das árvores. Nenhum crente coloca conscientemente em sua casa um trono a Baal. O diabo trabalha com ocultismo, por isso muitas de suas insinuações são encobertas, ocultas.

A Enciclopédia Barsa, diz que “A árvore de Natal é de origem germânica, datando do tempo de São Bonifácio. Foi adotada para substituir os sacrifícios ao carvalho sagrado de Odin, adorando-se uma árvore, em homenagem ao Deus-menino Ninrode, originário da antiga Babilônia”.

A árvore de Natal é um símbolo de consagração, é uma fábula de chamamento de adoração a deuses babilônicos. Os babilônicos consagravam uma árvore aos pés dos deuses e a levavam para casa como aprovação desses mesmos deuses; era o símbolo do deus dentro de casa, porque não se podia fazer a réplica da imagem.

Esta árvore estava relacionada a um pinheiro. A música natalina diz: “Pinheirinhos que alegria, sinos tocam noite e dia, é natal que vem chegando, vamos pois cantarolando.” O pinheiro faz parte de um ritual de adoração a Ninrode e a Semírames. Com a árvore de Natal dentro da nossa casa estamos ressuscitando um trono babilônico, dando legalidade para demônios agirem.

Porque os costumes dos povos são vaidade; pois cortam do bosque uma árvore, obra das mãos de um artífice, com machado; com prata e com ouro o enfeitam, com pregos e martelo o fixam para que não oscile” Jeremias 10:3-4.

O restante do capítulo mostra a dura exortação que Deus dá ao Seu povo. Por quê? Porque trouxe para dentro de casa um costume de povo pagão. Essa árvore, segundo o texto, vira um ídolo.

Os seguintes textos trazem luz sobre esse assunto: “Fez Judá o que era mau aos olhos do Senhor; e, com os pecados que cometeram, o provocaram a zelo, mais do que fizeram seus pais. Porque também os de Judá edificaram altos, estátuas, colunas e postes-ídolos no alto de todos os elevados outeiros, e debaixo de todas as árvores verdes” (I Reis 14:22-23).

Destruireis por completo todos os lugares, onde as nações que ides desapossar serviram os seus deuses, sobre as montanhas, e sobre os outeiros, e debaixo de toda árvore frondosa; deitareis abaixo os seus altares e despedaçareis as suas colunas e os seus postes-ídolos queimareis a fogo, e despedaçareis as imagens esculpidas dos seus deuses e apagareis o seu nome daquele lugar” (Deuteronômio 12:2-3).

Os filhos de Israel fizeram contra o Senhor seu Deus o que não era reto; edificaram para si altos em todas as suas cidades, desde os atalaias dos vigias até à cidade fortificada. Levantaram para si colunas e postes-ídolos, em todos os altos outeiros, e debaixo de todas as árvores frondosas” (II Reis 17:9-10).

Sacrificam sobre o cume dos montes, e queimam incenso sobre os outeiros, debaixo do carvalho, dos choupos e dos terebintos, porque é boa a sua sombra; por isso vossas filhas se prostituem e vossas noras adulteram” (Oséias 4:13).

Não estabelecerás poste-ídolo, plantando qualquer árvore junto ao altar do Senhor teu Deus que fizeres para ti” (Deuteronômio 16:21).

A Bíblia está nos colocando em degraus de revelação. Não podemos manter uma mentira dentro de nós. A história conta que Ninrode teve uma relação com Semírames, sendo que Semírames era a mãe de Ninrode. Deste incesto nasceu Tamuz, e Semírames continuou virgem. Vocês lembram de alguma história parecida com esta? Para quê Tamuz nasceu? Para dizer que sua família estava florescendo como o deserto floresceu. Queria aparecer como flores dentro da sua casa, como se fosse sinal de vida. Assim como eles parecem que morrem, mas ressurgem, assim eles ressurgem dentro das nossas casas. O que um deus pagão pode oferecer a um cristão?

8. Velas Cerimoniais

A vela é um ritual pagão dedicado aos deuses ancestrais; a vela acendida está fazendo renascer o ritual dos solstícios, mantendo vivo o deus sol. Dentro das escolas que estudam o paganismo as velas são chamadas de demônios; é a simbologia de manter os demônios vivos. As velas não têm relação alguma com as luzes do candelabro judaico – Menorah. As velas consagradas a demônios são de base perigosa. Estamos nos referindo às velas dos rituais profanos. Não devemos generalizar ou cair no fanatismo. Você não precisa deixar de usar velas, quando necessário, para alumiar ambientes, ou como decoração, mas as velas produzidas para rituais trazem em si uma consagração demoníaca.

9. Guirlandas: Coroas de Consagração

São memorial de consagração. Podem ser entendidas como enfeites, oferendas, ofertas para funerais, celebração memorial aos deuses, à vitalidade do mundo vegetal, celebração nos esportes, celebração das vítimas que eram sacrificadas aos deuses pagãos. Para tudo isso serviam as guirlandas. Essas coroas que colocávamos nas portas da nossa casa significam um adorno de chamamento e legalidade de entrada de deuses. Elas ficam nas portas porque são as boas vindas, lugar de entrada.

São um símbolo relacionado ao deus Apolo, trazem honra a Zeus, homenageiam a Demeter que em latim é Ceres, ou seja, Semírames, a mãe de Tamuz, mãe e esposa de Ninrode. Era um cerimonial oferecido a Ninrode, Semírames e Tamuz. E onde elas estão? Na porta das casas, das lojas, dos consultórios. No Egito aparece como Ísis e Osíris, na Índia como Isva e Isvra, na Ásia como Cibele e Dionísio, em Roma como Fortuna e Júpiter, na Grécia como Irene e Plutos, e na Babilônia como Semírames e Ninrode; todos eles exigiam as guirlandas. Aparecem também como sinal de reverência a Frígio da agricultura, ou seja, Sabázio, um deus a quem os alimentos são consagrados.

Não há uma só conotação em relação ao nascimento de Jesus. A Bíblia nunca anunciou que Jesus pede guirlandas, ou que tenha recebido guirlandas no seu nascimento, porque em Israel já era sabido que fazia parte de um ritual pagão. Só existe uma guirlanda na Bíblia e esta foi feita por Roma, para colocar na cabeça de Jesus no dia da sua morte. Não há outra guirlanda, a não ser esta de espinhos, feita como símbolo de escárnio.

10. Presépio: Altar a Baal

O presépio é um altar a Baal, consagrado desde a antigüidade babilônica. É um estímulo à idolatria. Adotado no séc. XVIII pelos líderes da Igreja Católica, visando lembrar as festividades natalinas, mas na verdade são uma convocação que leva o povo a ficar com a fé limitada ao material, ao que é palpável. Está relacionado diretamente com os rituais solstícios através dos adereços encontrados no presépio que são simbologias utilizados na festa do deus sol.

A história do cristianismo mostra que a influência romana é presente em quase todo o comportamento cerimonial da igreja chamada ‘evangélica’. A igreja evangélica deve viver os princípios do Evangelho, porém se tem mistura, não poderá prosperar.

Vejamos os riscos que estamos incorrendo, e com muita maturidade não permitamos que um trono levantado a Baal esteja dentro de casa. As figuras utilizadas são intencionais. Por esses e outros motivos, temos que tomar posições. O presépio é um altar consagrado, é um incentivo à idolatria, é uma visão pagã.

Seja livre!! Fuja, fuja da idolatria; assim diz a Palavra (I Cor. 10:14-15 e Gal. 5:19-21).

Nas colônias inglesas, nos Estados Unidos, quando os chamados puritanos ingleses chegaram na América do Norte, fizeram tremenda resistência às festividades natalinas e levantaram sua voz em protesto com relação aos objetos utilizados no Natal. Isto porque estudaram as origens e estavam com a fé firmada só em Jesus. Os ingleses paravam nesta data em profunda reflexão intercedendo pela América do Norte e pelas nações da Terra, clamando por misericórdia por terem inserido o paganismo no meio do Cristianismo e neste dia faziam orações e jejuns, por entenderem que os presépios eram altares consagrados, um incentivo à idolatria.

Quando os imigrantes holandeses chegaram à América do Norte, por terem tendências de viverem por símbolos e conservarem com muita veemência o “espírito natalino”, trabalharam até resgatar as idolatrias do Natal. Hoje a América do Norte é uma das nações mais inclinadas às tão famosas festas natalinas. Houve um resgate dos presépios não só dentro da sociedade secular, como também da eclesial.

Hoje no Brasil, a abertura do Natal é feita com uma famosa “Missa do Galo” que envolve nada mais que plantonistas relacionados ao resgate da identidade pagã. Por quê? Porque a missa é celebrada diante de um presépio, um altar consagrado, cujas figuras estão relacionadas com Babilônia e não com a realidade do Evangelho. Isto parece simples, mas é sério. É a sutileza do inimigo querendo prender, inoperar a fé cristã. Vamos resgatar as nossas origens cristãs!

11. Papai Noel: Um Idolo Que Mobiliza Multidões

Papai Noel não é um santo, é um ídolo. Você só tem um papai que é Deus. Não podemos receber Noel no lugar de Deus! Nós só temos um Pai espiritual. Milhões de pessoas nessa época natalina chegam a cantarolar “...eu pensei que todo mundo fosse filho de papai noel...”

A Enciclopédia Britânica diz que São Nicolau, era um bispo católico de Mira no séc. V e que se tornou num santo venerado pelos gregos e latinos em dezembro... Conta-se a lenda segundo a qual ele presenteava ocultamente três filhas de um homem muito pobre, dando origem ao costume de dar presentes em secreto na véspera do dia de São Nicolau (6 de dezembro), data que depois foi transferida para o Natal.

Daí a associação do Natal a São Nicolau. Esta figura foi canonizada para roubar a adoração. Qualquer ídolo está relacionado a vaidade. O objetivo principal das trevas é arrancar a nossa visão de Cristo e trazer figuras de substituição, fazer crescer no coração do povo uma visão errada do que é Reino de Deus.

Como alguém pode aceitar uma estória que fala sobre um velhinho que sai numa noite só por todo o mundo, de casa em casa, entregando presentes? E se você sabe que Papai Noel não existe, que é só brincadeirinha, por que faz tudo o que exige o ritual do Natal? Por que ilude crianças com essa estória? Por que permite que uma mentira se torne realidade em sua casa? “Como o louco que atira tições, flechas, e morte, assim é o homem que engana o seu próximo, e diz: fiz isso por brincadeira” (Pv. 26:18-19).


CARACTERÍSTICAS DAS FESTAS DO SOLSTÍCIO

12. Troca de Presentes: Eternizando Pactos

O ritual nórdico exigia que eles fossem para as montanhas de madrugada e lá chorassem em sacrifícios. Esperavam os primeiros raios de sol da manhã e entregavam presentes uns aos outros, em adoração, dizendo: ‘que você jamais esqueça dos deuses sobre nós’. O presente significa eternizar o pacto, trazer a bênção dos deuses. Tertuliano, teólogo católico, disse que não podia compactuar com essa mentira, o sol nunca pode ser deus, porque o Deus dos cristãos foi aquele que criou o sol.

13. Ceia do Natal: Glutonaria

Um grande banquete deveria ser feito. A glutonaria era tão estimulada nessas festas que já existia um lugar reservado para vomitar. As pessoas comiam, comiam, vomitavam e voltavam a comer. O que acontece hoje? Todas as famílias têm que fazer uma ceia. E por que comer e beber? Porque é sinal de aliança. O banquete dos solstícios tinha início à meia noite. A que horas começa a ceia do Natal? Meia noite também. Celebrar o Natal com banquetes é dizer que está fazendo aliança com Talmuz, com Ninrode e os deuses da Babilônia. Não podemos participar da bênção e da maldição. (I Coríntios 10:6-14)

14. Confusão de Identidade

Há uma confusão do verdadeiro objetivo. Noel muda de figura e aparece em fevereiro como Rei Momo; é o mesmo demônio com a mesma raiz. É um ritual onde o prefeito entrega para esse principado a chave da cidade dizendo que naqueles dias ele pode reinar. Declaramos que a herança babilônica de confusão de identidade não vai permanecer na nossa geração. Um dos rituais do Carnaval é mudar a imagem: homens se vestem de mulher, de bichos, mulheres se vestem de homem, etc. Confundem a sua identidade; se vestem de animais misturando a visão da divindade e exaltando a criação, não o Criador. A festa dos solstícios exigia que o homem se transfigurasse e de igual modo as mulheres, trazendo a confusão de identidade, onde o lema era: ninguém é de ninguém. A mesma frase é usada hoje no Carnaval.

15. Exaltação a Deuses

Tudo tem um propósito e as festas pagãs têm o objetivo de adorar deuses falsos. Hoje no Natal qual é o deus que aparece? Um deus impotente, um deus menino. Só que Jesus já cresceu, já morreu, já ressuscitou e vai voltar para buscar sua noiva. Quem está olhando para baixo, contemplando um menino vai estar distraído e não perceberá a volta do Senhor Jesus. É claro que estamos falando de um retrato espiritual.

16. Culto à Sensualidade

A festa dos solstícios tinha a intenção de mostrar a sensualidade dos seus participantes, chamar a atenção pela beleza exposta. As vitrines da cidade hoje não oferecem uma roupa digna de uma festa “religiosa”. Por quê? Porque o ritual da festa exige sensualidade. Infelizmente, esse contexto se faz presente entre nós.

17. Consagração da Orgia Liberada Dentro do Templo

O lema era: carne liberada – sarkós – a sensualidade já tinha sido efetivada e, no altar consagrado aos deuses, eram realizadas orgias sexuais. Eles diziam que era um nível de consagração à fertilidade. A deusa da fertilidade era a deusa casada com o sol, um casamento entre Íris e Osíris. Era a liberação da carne em cem por cento. O princípio era agir pelo curso do desejo, fazer o que quiser. Sabendo que a humanidade iria absorver isso, o paganismo romano casou Jesus com uma imoralidade dessas.

A idéia central do paganismo era incutir na cabeça dos fiéis a idéia de que Jesus era esse sol que tinha chegado.

Tertuliano, um teólogo católico, levantou-se no segundo século e disse: Jesus não é deus sol e o sol não é o deus dos cristãos. O Deus dos cristãos foi aquele que criou o sol; a criatura e a criação não têm poder sobre o Criador.

Por isso protestamos: o Natal está casado com o paganismo. Uma aliança feita entre “Jesus” e o deus sol tem o nosso protesto. Você também pode protestar contra isso.

Augustinho disse: “Claramente afirmo que esse comportamento é herético. Os cristãos não têm a ver com o deus sol e a festa dos solstícios.”

Orígenes disse que “Jesus não é faraó para receber honra natalícia”.

Ele (Jesus) é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda criação; pois nele foram criadas todas as coisas, nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele. Ele é antes de todas as coisas; nele tudo subsiste. Ele é a cabeça do corpo, a Igreja. Ele é o princípio, o primogênito dentre os mortos, para em todas as coisas ter a primazia, porque aprouve a Deus que nele residisse toda plenitude” (Colossenses 1:15-19).

Jesus criou todas as coisas, inclusive o sol. Ele é o sol da justiça, não o deus sol.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Princípios e aspectos organizacionais de uma rede social

Nesse texto fiz uma compilação da formulação de diversos cientistas sociais, facilitadores e educadores ambientais que têm teorizado e compartilhado suas experiências em redes sociais, o novo fenômeno da pós-modernidade.


O texto foi apresentado durante o Encontro de Educadores Ambientais da Região do Carajás, no Pará, e teve como objetivo fornecer subsídios para constituição da Rede de Educadores Ambientais e Agentes de Desenvolvimento Local do Carajás.


A bibliografia, ao final, além de registrar os créditos, também serve como um fio condutor para quem se interessa em aprofundar no tema.


O QUE É REDE?


Uma rede é uma costura dinâmica de muitos pontos, é uma forma de organização capaz de reunir pessoas e instituições em torno de objetivos comuns, primando pela flexibilidade, dinamismo, democracia e descentralização na tomada de decisões, com alto grau de autonomia de seus membros e horizontalidade das relações entre seus elementos.


CARACTERÍSTICAS FUNDAMENTAIS DE UMA REDE

A rede tem características específicas, que a distinguem de outros tipos de estruturas organizativas, que são:


· Autonomia das pessoas e instituições que compõem a rede;


· Horizontalidade das relações entre seus componentes;


· Cooperação como modo de trabalho; e,


· Interação na constante troca de informações.


Essas características se desdobram em diversos aspectos que produzem a identidade da rede, dentre os quais podemos destacar:


1. CONECTIVIDADE


A conectividade é um aspecto de ligação e interligação entre os integrantes da Rede. Esse princípio é fundamental, pois quanto maior for a participação e conectividade dos seus membros, mais efetiva será a Rede. Neste contexto, cada membro é desafiado a fazer novas conexões. A conectividade e a participação dos membros nas ações da rede são o suporte para seu fortalecimento e credibilidade.


2. AUTONOMIA


Cada indivíduo torna-se membro da rede por vontade própria, essa vontade é fruto do desejo individual de integrar um projeto coletivo que, apesar de seu caráter coletivo, mantém a independência dos membros em relação à rede e aos demais membros. Isso condiciona o estabelecimento das regras que orientam os relacionamentos no interior da rede. Também acentua relações igualitárias de membros empoderados entre si, pois cada participante tem sua governabilidade e nível de poder já estabelecido.


3. DESCENTRALIZAÇÃO


Uma rede não tem centro, pois não tem poder concentrado. No processo relacional entre seus membros, cada ponto é um centro virtual da rede de onde podem convergir todas as ações e brotar as decisões. Esse processo produz a descentralização. Numa rede há investimentos de confiança e poder no participante do sistema, qualquer que seja ele.


4. HORIZONTALIDADE


Entre os membros da rede não existe hierarquia, já que a autonomia de cada um é preservada e sua adesão à rede é voluntária. Isso garante a desconcentração do poder. A isonomia, ou seja, o tratamento igual para todos, é um dos fatores inibidores de hierarquia dentro da rede.

Quando a realização de um objetivo depende do engajamento consciente de todos na ação, o comando e controle do que os outros fazem ou deixam de fazer torna-se secundário: tem que se contar é com a lealdade dos membros para com todos, baseada na co-responsabilidade e na capacidade de iniciativa de cada um, e a organização pode ser feita numa estrutura em rede, horizontal.


5. COOPERAÇÃO


É um aspecto de trabalho coordenado entre parceiros que são iguais entre si, e regidos pelo mesmo conjunto de regras e procedimentos. A cooperação é um modo de operação e também um valor que deve ser compartilhado por todos na rede. A participação em redes não requer qualquer habilidade especial, a não ser a predisposição a cooperar. A cooperação gera dinamismo, o que faz com que a rede seja uma estrutura em movimento permanente.


6. INFORMAÇÃO


As informações são elos básicos, fios e tessituras que dão consistência a uma rede, elas transitam pelos canais que interligam seus integrantes. Por não existir centro nem hierarquia entre seus membros, há liberdade na circulação de informações, bem como na intercomunicação horizontal, que são exigências essenciais para o bom funcionamento de uma rede. Todos os membros devem ter acesso a todas as informações que nela circulam pelos canais que os interliguem.


7. RESPEITO À DIVERSIDADE


A preservação da autonomia de cada um leva ao respeito à diferença e à diversidade. Cada membro da rede é um ser autônomo que prima por sua individualidade e pela diferença que esta representa. A rede é uma espécie de contrato de interdependência, que preserva a autonomia de cada um no interior do sistema.

A razão de existir da rede é um conjunto de propósitos comuns a todos os participantes. Em geral, esse conjunto de propósitos incorpora também um conjunto de valores e objetivos comuns. Participar de uma rede implica, portanto, compartilhar dos mesmos propósitos, valores e objetivos comungados pelos integrantes da rede.


8. DEMOCRACIA


A democracia é um aspecto que valoriza a liberdade de opinião, e negociação e a construção coletiva. Sem democracia não há rede, pois não há outra forma de se tomar decisões e de solucionar conflitos dentro de uma rede senão pela democracia. Como na rede não se estabelece hierarquia, a democracia propicia ambiente favorável à distribuição de tarefas em níveis diferentes de responsabilidade, com vistas à realização dos objetivos perseguidos. O grau de democracia de uma rede é medido pela liberdade para entrada e saída de membros e pela livra circulação de informações, sem censuras ou manipulações.


COMO ORGANIZAR A REDE


O PROJETO DA REDE


O primeiro passo para se organizar uma rede formal é identificar claramente seu objetivo, ou seja, o que visam alcançar os que querem assim se organizar.


DEFINIR ATRIBUIÇÕES E LEGITIMAR REPRESENTAÇÃO


Em uma rede todos são iguais, todos têm iniciativa, todos são sujeitos de sua ação, guardam sua liberdade e são co-responsáveis pela ação da mesma. Para que a rede funcione é necessário que haja a distribuição de funções. Os integrantes da rede têm que saber a quem enviar informações e como as enviar, assim como a quem pedir informações e como pedi-las.

Uma rede supõe, portanto, algum tipo de serviço que facilite essa circulação, por exemplo, um secretariado ou um conjunto de secretariados interligados, cuja função é de facilitação da intercomunicação – e não de direção, comando ou coordenação da rede – não lhes sendo atribuído, portanto, o poder de controlar, esconder, hierarquizar, selecionar, censurar ou orientar informação que deva circular.

Tais secretariados, que “servem” à rede, devem ter seu poder legitimado pelos seus participantes. Ou seja, têm que ser aceitos ou escolhidos e “sustentados” materialmente, direta ou indiretamente, por eles.


SUPORTE SISTEMÁTICO


A circulação de informações supõe também algum tipo de suporte sistemático – escrito, gráfico, auditivo ou informatizado – que faça chegar a informação ao conjunto de participantes, no ritmo, freqüência, linguagem e modo estabelecido de comum acordo por eles.


LIVRE CIRCULAÇÃO DE INFORMAÇÕES


Se algum participante quiser fazer uma proposta de ação conjunta, esta deverá circular por toda a rede como qualquer outra mensagem. A organização da ação conjunta proposta caberá àqueles que assumirem, sem que haja obrigatoriedade de participação dos demais.


ENCONTROS PRESENCIAIS


Os participantes de uma rede podem se encontrar pessoalmente e se reunir sempre que o considerarem necessário ou possível – para debater questões ou mesmo simplesmente festejar. Dependendo das dimensões da rede, tais encontros podem ser elemento importante – e mesmo decisivo – de sua consolidação, pelas relações interpessoais de amizade que assim se estabelecem. Nenhuma reunião desse tipo pode ter, no entanto, caráter deliberativo para o conjunto de participantes da rede. Quaisquer deliberações só vinculam aqueles que a tenham assumido.


LIVRE CIRCULAÇÃO DE MEMBROS


Uma rede está sempre aberta para a entrada de novos membros que aceitem as regras de intercomunicação estabelecidas, ainda que as mesmas possam e devam ser revistas à medida que a rede alcance seus objetivos defina novos objetivos. O auto-desligamento de qualquer de seus membros não deve, por outro lado, constituir problema, para que se assegure a plena liberdade de opção de cada um.


Bibliografia:


Redes e desenvolvimento local. Cássio Martinho: AED, Revista Aminoácidos, nº. 1, 2001.

O projeto das redes: horizontalidade e insubordinação. Cássio Martinho: AED, Revista Aminoácidos, nº. 2, 2002.

A rede como fábrica de possibilidades. Cássio Martinho: AED, Revista Aminoácidos, nº. 5, 2003.

Introdução às Redes. Cássio Martinho, texto na internet: cassiomartinho@aed.org.br

Rede: Uma estrutura alternativa de organização. Chico Whitaker, CEDAC, Revista Mutações Sociais, ano 2, nº. 3, março a maio 1993.

Construindo uma comunidade de prática em DLIS. Texto apresentado por ocasião do II Encontro de Projetos PNUD e Parceiros em Desenvolvimento Local Integrado Sustentável – DLIS; Brasília, 2 e 3 de dezembro de 1999.

A prática da gestão de redes: uma necessidade estratégica da sociedade da informação. Ana Cristina Fachinelli, Christian Marcon e Nicolas Moinet. Publicado na Revista Com Ciência.

Rede de Microempresas e trabalhador empreendedor. Pedro Cláudio Cunca Bocayuva. FASE-RJ. Texto produzido para o seminário sobre desenvolvimento local integrado e sustentável da Agenda Social Rio, agosto de 1999.

A Revolução das Redes: a colaboração solidária como uma alternativa pós-capitalista à globalização atual. Euclides André Mance, IFIL, dezembro de 1998.

sábado, 23 de maio de 2009

Meu Video do Dia Internacional de Historias de Vida

No Dia Internacional de Histórias de Vida participei da audição que o Ponto de Cultura COMVIDA realizou através da COMVIDA FM. Junto com mais 2 amigas e companheiras de jornada, resgatamos um pouco da memória da cidade e da região através de nossas histórias individuais.

É muito interessante essa iniciativa de organizações de várias partes do planeta, pois todas as pessoas têm um papel na sua comunidade, ouvir as suas histórias é uma forma de promover a integração pessoal e social, é uma forma de promover a identidade e memória coletiva.


Veja o vídeo de introdução da audição. Depois postarei outro vídeo com meu depoimento.